terça-feira, 23 de novembro de 2010

De repente, embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos das horas que passei à sombra dos teus gestos, bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos, das noites que vivi sossegando pela graça rara dos teus passos eternamente fugindo. Trago a doçura dos que aceitam tristemente. E posso te dizer que o grande afeto que te deixo, não traz a irritação das lágrimas, nem a fascinação das promessas, nem as misteriosas palavras dos véus da alma. É um sossego, uma doçura, um transbordamento de carícias e só te pede que te descanses quieto, muito quieto e deixes que as mãos apaixonadas da noite encontrem sem fatalidade, o olhar imóvel da aurora. Te peço perdão por te amar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário